UE não impõe novas sanções mas dá ultimato à Rússia

A União Europeia deu prazo de uma semana para que a Rússia diminua sua intervenção na Ucrânia ou enfrente novas sanções econômicas. Segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, líderes da UE pediram ao braço executivo do bloco que apresente em até uma semana uma nova proposta de sanções. “Todos estão cientes de que temos de agir rapidamente”, disse.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que novas medidas teriam como alvo os mesmos setores afetados anteriormente. No entanto, os líderes da UE decidiram não adotar medidas mais duras imediatamente, aparentemente temendo uma reação econômica contrária. A Rússia é o terceiro maior parceiro comercial da UE e um dos principais fornecedores de petróleo e gás natural para o bloco.

O leste da Ucrânia tem sido palco de confrontos entre soldados ucranianos e insurgentes pró-Moscou. A Rússia tem sido acusada por Kiev e países ocidentais de ajudar os rebeldes e deslocar tropas para o território ucraniano, alegações que Moscou nega.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse mais cedo que a União Europeia está comprometida com uma solução política para a crise, mas observou que a situação é muito séria e dramática. Se a escalada de tensões no país do Leste Europeu continuar, a crise pode chegar a “um ponto sem volta”, afirmou.

Os comentários foram feitos em uma coletiva de imprensa que contou com a presença do presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, antes de uma cúpula da União Europeia.

Poroshenko afirmou que o conflito na Ucrânia significa um risco muito alto para a paz e a estabilidade na Europa. Para o presidente ucraniano, uma resposta firme da UE é necessária porque milhares de soldados russos e centenas de tanques foram deslocados para o leste da Ucrânia.

A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, disse que a situação exige sanções mais duras. “A Rússia está praticamente em guerra com a Europa”, afirmou, sugerindo um embargo total de armas. A ideia foi rejeitada pela França, que tem um contrato de US$ 1,6 bilhão para construir porta-helicópteros para a Rússia.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também advertiu que a Europa não deve ser complacente com a presença de tropas russas em solo ucraniano. “Países na Europa não deveriam ter de pensar muito antes de perceber como isso é inaceitável”, disse. “Sabemos disso por causa de nossa história. Portanto, deve haver consequências.” Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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