UE impõe sanções contra mulher e parentes de Assad

Ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) vão impor sanções contra a mulher e parentes próximos do presidente sírio Bashar Assad, congelando seus ativos e proibindo que viagem para os países do bloco. Os alvos da 13ª rodada de sanções contra o regime sírio são quatro integrantes da família de Assad e oito ministros de seu governo.

Três autoridades que falaram sobre a questão pediram anonimato, já que a decisão será anunciada mais tarde, ainda nesta sexta-feira, após a reunião de ministros de Relações Exteriores em Bruxelas.

Asma Assad, de 36 anos, mulher do presidente, nasceu em Londres e tem cidadania britânica. Uma autoridade da UE disse que isso provavelmente significa que ele pode ser proibida de viajar para o Reino Unido.

Também nesta sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o enviado conjunto da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, vai viajar para Rússia e China, onde manterá conversações com o objetivo de encontrar uma solução pacífica para a crise na Síria.

Annan e dois auxiliares viajarão para as capitais dos dois países para promover o plano de seis pontos, disse seu porta-voz, Ahmad Fawzi. Países ocidentais fazem pressão para uma ação no Conselho de Segurança, mas Rússia e China já vetaram duas vezes resoluções que criticam o regime de Assad.

“As negociações estão num estágio muito delicado. Ele não vai fazer a mediação através da mídia”, declarou Fawzi. “A crise é grave. Temos de fazer progressos em breve. Cada minuto conta.”

Fawzi disse aos repórteres nesta sexta-feira que o grupo de Annan está “estudando cuidadosamente as respostas sírias e as negociações com Damasco continuam”.

O secretário britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse que é muito importante aumentar a pressão sobre o regime sírio. “Seu comportamento continua a ser assassino e é totalmente inaceitável aos olhos do mundo”, disse ele a caminho da reunião de ministros europeus.

O ministro do Exterior da Áustria, Michael Spindelegger, disse que as sanções terão como alvo “a família de Assad, sua mulher e seus parentes mais próximos. Isso é necessário.”

Na semana passada, o jornal britânico The Guardian divulgou milhares de e-mails supostamente copiados de uma conta particular de Assad. Eles mostram que ele pediu conselhos ao Irã sobre como lidar com o levante, fez piadas a respeito de suas promessas de reforma e como ignorou as sanções norte-americanas e fez compras no iTunes.

A ONU estima que mais de 8 mil pessoas tenham sido mortas desde o início do levante na Síria, um ano atrás. Na quarta-feira, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado não vinculante pedindo um cessar-fogo e endossando o plano de Annan, que inclui conversações e a interrupção diária dos confrontos por duas horas para o envio de ajuda humanitária. As informações são da Associated Press.

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