A União Europeia (UE) condenou hoje a intenção de Israel de continuar a construir habitações em Jerusalém Oriental, em terras reivindicadas por palestinos, afirmando que isso representa um obstáculo aos esforços internacionais de paz. “A União Europeia condena todas as atividades de assentamentos”, disse o ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, que ocupa a presidência rotativa da UE. “Nós pedimos o total congelamento das atividades nos assentamentos. Vamos seguir esta política.”

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Ministros de Relações Exteriores da UE se reuniram em Bruxelas um dia depois de o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ter anunciado que Israel não vai restringir as construções em Jerusalém Oriental. Por outro lado, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que agora é representante especial no Oriente Médio, demonstrou confiança de que, apesar dos últimos retrocessos, tanto israelenses quanto palestinos querem que o processo de paz continue.

A paralisação das construções em assentamentos é uma exigência feita pelos negociadores do Quarteto (formado por Estados Unidos, Rússia, ONU e União Europeia) que tentam retomar as negociações entre Israel e os palestinos. Israel concordou em paralisar as construções na Cisjordânia, mas não em Jerusalém Oriental, afirmando que toda a cidade é a capital eterna de Israel. A decisão de Israel sobre Jerusalém já atraiu forte oposição em Washington. Netanyahu deve se reunir com o presidente Barack Obama amanhã para discutir o impasse.

Fundo árabe

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Em Israel, um ministro do gabinete disse que um novo fundo do governo para o setor árabe pode ajudar a melhorar as relações entre os judeus e os árabes do país. Avishai Braverman, ministro de Assuntos de Minorias, disse hoje que um fundo de US$ 214 milhões vai estimular o crescimento econômico e ajudar a superar a discriminação contra os árabes israelenses. O gabinete aprovou o fundo ontem.

O dinheiro será investido em dez municipalidades árabes para a criação de empregos, construção de casas, melhorar o transporte público e a segurança. Os árabes correspondem a cerca de 20% da população de Israel. Suas cidades geralmente sofrem com orçamentos menores do que as dos judeus. Braverman disse que investir no setor árabe pode resultar em grande benefício econômicos para os árabes e para o país como um todo.

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