A Comissão Europeia delineou nesta quarta-feira ideias para uma reforma nas regras de asilo da União Europeia. A intenção é lidar melhor com o grande fluxo de imigrantes e refugiados no continente. Diante da resistência de alguns países sobre o tema, porém, é provável que Bruxelas não busque avançar para conseguir mudanças rápidas.

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A pressão para melhorar o sistema aumentou fortemente no ano passado, quando cerca de 1 milhão de pessoas entraram na Europa, o que representa um impacto grandes para países como Grécia, Itália e Malta, bem como Alemanha e Suécia, estes os principais destinos dos que desejam asilo.

Pelas regras atuais, as pessoas devem pedir asilo no primeiro país da UE que chegarem ou podem ser mandadas de volta. A política da UE, porém, facilitou as viagens entre os que desejam conseguir asilo para seus destinos de preferência.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, avalia duas opções mais amplas para mudar o sistema. Uma delas manteria a obrigação de que as pessoas se registrassem e buscassem asilo no país de chegada ao bloco, mas em seguida fossem distribuídos segundo uma fórmula decidida anteriormente, a menos que ocorra um pico de chegadas. A segunda opção é desistir do atual sistema e substituí-lo por outro, que redistribuiria automaticamente os que pedem asilo pelo bloco, levando em conta população, tamanho da economia e capacidade de absorver imigrantes de cada país. O Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca, que não estão na zona de livre circulação da UE, estariam excluídos nesse caso.

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Mesmo uma mudança modesta, porém, deve enfrentar forte resistência. Qualquer proposta legal precisaria do apoio de uma forte maioria dos membros da UE e também do Parlamento Europeu.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, disse nesta quarta-feira que o atual sistema de políticas nacionais diferentes sobre a questão “não é sustentável”. Não deve, porém, haver uma mudança imediata nas regras. “No momento imediato, nós temos de aplicar as regras existentes para estabilizar a situação.” Fonte: Dow Jones Newswires.

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