Representantes da União Europeia (UE) disseram hoje que o bloco quer estabelecer padrões para a luta contra o aquecimento global após 2020 também, mantendo viva as discussões sobre mudanças climáticas. “Os esforços sobre o clima não param em 2020”, disse o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, cujo país está na presidência rotativa da UE até o final do ano.
“É importante ter ideias e discussões para o que acontecer depois de 2020”, disse ele aos jornalistas no Parlamento Europeu, antes de viajar para Copenhague com o chefe da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. A base dos esforços para combater as mudanças climáticas é limitar a média do aumento das temperaturas em todo o mundo em não mais do que 2ºC acima dos níveis pré-industriais.
Como parte dos esforços para chegar a esse objetivo, a UE prometeu cortar suas emissões de dióxido de carbono – o principal gás de efeito estufa – em 20% até 2020, tendo como base os níveis de 1990, mas pode aumentar o corte para 30% se outros grandes poluentes tomarem medidas semelhantes.
Reinfeldt disse, porém, que nem todos os países estão usando a mesma base para calcular seus compromissos de corte de emissões de dióxido de carbono e prevê que eles terão de se esforçar para nivelar a proposta europeia. “Os Estados Unidos começam em 2005. Então, eles têm outro ano-base”, disse.
“Não temos a mesma definição. A questão importante é o que aconteceu entre 1990 e 2005 nos Estados Unidos? Bem, eles aumentaram suas emissões em 18%”, disse ele. “Esta é uma questão importante”.
Ele disse que os Estados Unidos podem não nivelar a oferta da Europa, que se orgulha de ser a líder na luta contra o aquecimento global. “Ainda estudamos a obrigação de cortar 30% já em 2020, se outros países desenvolvidos fizerem o mesmo tipo de contribuição”, afirmou. As informações são da Dow Jones.