As eleições presidenciais e provinciais realizadas no Afeganistão na quinta-feira foram, no geral, corretas, embora não tenham sido livres em todas as partes do país, em razão de ameaças, avaliou o chefe da missão de observação da União Europeia (UE), Philippe Morillon. “As eleições não foram livres em algumas partes do país devido ao terror em vigor (nessas regiões)”, afirmou. “O que vimos, no geral, foi considerado bom e equitativo por nossos observadores e com nossa metodologia”, analisou. “Podemos decidir que é uma vitória, uma vitória para o povo afegão”, acrescentou.

continua após a publicidade

Os aliados ocidentais do governo de Kabul, encabeçados pelos Estados Unidos, que lideraram a invasão do país e levaram à saída do regime do Taleban em 2001, consideraram a eleição um sucesso. A missão de observação da UE e do Afeganistão avaliaram que houve um progresso notável nessas eleições no comunicado em que apresentaram as conclusões preliminares. Esses observadores pontuaram que a participação foi “consideravelmente mais elevada no norte do país e especialmente na parte mais ao sul do território.”

O documento citou que o “dia das eleições foi marcado por uma série de incidentes violentos, incluindo ataques com carros e explosões contra locais eleitorais e edifícios governamentais em diferentes partes do país.” “Mesmo com esses meios de dissuasão, os cidadãos foram votar”, concluiu.

Os dois principais grupos que participaram das eleições, o do presidente Hamid Karzai de e seu antigo ministro de Relações Exteriores Abdulá Abdulá, reivindicaram, sexta-feira, a vitória. A Comissão Eleitoral anunciou ontem que finalizou a contagem dos votos, mas que ainda não estava pronta para revelar os resultados e pediu paciência e prudência a ambos candidatos. A Comissão Europeia pediu também para que os candidatos “respeitem o processo eleitoral” e se “abstenham de fazer anúncios prematuros”.

continua após a publicidade