Os líderes da União Europeia (UE) concordaram nesta quinta-feira em abrir negociações para a adesão da Islândia ao bloco. No entanto, ele condicionaram a entrada do país na UE à solução da sua disputa de 3,8 bilhões de euros (US$ 4,7 bilhões) com a Grã-Bretanha e a Holanda, um legado da enorme crise financeira de 2008 que atingiu a Islândia.
Os 27 líderes da UE disseram esperar que a Islândia “se esforce ativamente para resolver todas as questões pendentes”, numa referência direta à disputa financeira. A reação na Islândia foi entusiástica. O ministro das Relações Exteriores da ilha, Ossur Skarphedinsson, falou de “um voto de confiança na Islândia como um sólido parceiro europeu”. Em março, os eleitores islandeses rejeitaram em referendo um acordo para pagar 3,8 bilhões de euros aos governos da Grã-Bretanha e da Holanda, como uma compensação aos clientes do banco islandês Icesave, que entrou em colapso e derreteu em 2008.
“Nós não bloquearemos o começo das negociações para a adesão da Islândia”, disse o primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, quando chegou para a cúpula em Bruxelas. “Mas se e quando a Islândia entrar na UE, ela precisará cumprir suas obrigações” e compensar os cidadãos holandeses que viram suas economias e investimentos sumirem na quebra do Icesave. Ele disse que iniciar as negociações de entrada não é uma garantia de que a Islândia será um membro da UE no futuro.