A Ucrânia refutou a autoridade do presidente fugitivo Viktor Yanukovich para autorizar a Rússia a usar as Forças Armadas para restaurar a paz e defender a população ucraniana. O embaixador da Ucrânia da ONU, Yuriy Sergeyev, disse, em carta ao Conselho de Segurança, que, pela Constituição, “o Parlamento ucraniano tem poder exclusivo para aprovar uma decisão de autorização da entrada de Forças Armadas estrangeiras em território da Ucrânia”.

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Sergeyev disse estar respondendo à declaração “supostamente feita por Viktor Yanukovich” que foi lida pelo embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, em uma reunião do conselho na segunda-feira. Churkin afirmou que Yanukovich havia pedido ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que usasse as Forças Armadas da Rússia para “estabelecer legitimidade, paz, lei e ordem, estabilidade e para defender a população da Ucrânia”.

Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Deshchytsia, disse que cidadãos pró-Rússia na região da Crimeia devem estar dispostos a substituir forças militares por observadores internacionais se o novo governo autorizar um referendo por mais autonomia para a região. Em entrevista exclusiva concedida à Associated Press nesta quarta-feira, o ministro também disse que havia cancelado temporariamente seus planos de voltar de Paris para a Ucrânia em virtude da possibilidade de um encontro com o chanceler russo, Sergey Lavrov.

A mensagem de Deshchytsia parece integrar um novo esforço da parte de Kiev para acalmar a demanda por independência na Crimeia. O ministro salientou que a única forma de um referendo funcionar seria sem violência ou a presença de militares. Segundo eles, observadores internacionais teriam que monitorar a votação. Fonte: Associated Press.

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