Ultimato

Ucrânia: não terá cessar-fogo até rebeldes se desarmarem

O ministro da Defesa da Ucrânia, Valeriy Heletey, declarou nesta terça-feira que o governo não tem planos para estabelecer outro cessar-fogo ou iniciar negociações com separatistas pró-Rússia até que eles baixem suas armas, sugerindo alto nível de confiança de Kiev em relação ao cerco que prepara contra redutos rebeldes no leste do país.

Nos últimos dias, a Ucrânia tem conseguido forçar os rebeldes a entregar várias cidades. Até agora a Rússia tem, pelo menos publicamente, ignorado os apelos dos rebeldes para que envie tropas, embora Moscou tenha feitos novos pedidos para um novo cessar-fogo nesta terça-feira, afirmando ser necessário poupar os civis. Mas o ministro Heletey não aceita a ideia.

“O presidente da Ucrânia deixou isso claro: as negociações só serão possíveis depois de os militantes baixarem suas armas”, afirmou ele.

Forças ucranianas se movimentam para bloquear a cidade de Donetsk, onde aparentemente os combatentes estão se entrincheirando. A cidade, que esteve sob controle rebelde por mais de dois meses mas onde não houve grande combates, tem agora grande quantidade de combatentes armados. Os moradores dizem esperar que a situação piore.

O ministro da Defesa disse que os insurgentes instalaram minas em várias estradas que levam à cidade para reduzir a velocidade das forças do governo. Na segunda-feira, os rebeldes explodiram pelo menos quatro pontes que levam ao território mantido por eles. Nesta terça-feira, o governo informou que um viaduto rodoviário perto de Donetsk foi destruído durante a noite, limitando o movimento de equipamento pesado.

O prefeito Alexander Lukyanchenko disse que cerca de 100 mil pessoas deixaram a cidade, que tem 1 milhão de habitantes, desde o início dos confrontos, em abril. Ele disse ter se encontrado com o presidente ucraniano Petro Poroshenko na segunda-feira para adverti-lo sobre os perigos de usar aviões militares e artilharia pesada contra rebeldes escondidos na cidade, densamente povoada.

Houve contínuos disparos no interior e nas proximidades de Donetsk durante a noite e várias explosões foram ouvidas, mas os confrontos diminuíram pela manhã, disse ele.

O líder rebeldes Andrei Purgin disse à agência de notícias Interfax que os insurgentes não esperam um assalto imediato à cidade, mas que se isso acontecer, eles não recuarão. Fonte: Dow Jones Newswires.

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