A violência piorou entre as tropas da Ucrânia e os rebeldes apoiados pela Rússia no leste do país nesta quarta-feira, no que ambos os lados descreveram como os piores confrontos em meses na região. Autoridades ucranianas disseram que, no início da manhã, até mil membros das forças rebeldes tentaram tomar uma cidade mantida pelo governo ao longo da linha de frente no leste ucraniano. Perto do anoitecer, os confrontos haviam parado novamente, segundo as fontes.
O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que sete soldados foram feridos no confronto perto de Maryinka, cidade a 25 quilômetros do bastião rebelde de Donetsk. Uma mensagem na página do Facebook de Yuriy Biryukov, um conselheiro do presidente ucraniano, dizia que o número pode ser maior, com dois mortos e 30 feridos.
Os líderes rebeldes acusaram as forças de Kiev de iniciar o confronto. Um comandante das forças rebeldes, Vladimir Kononov, afirmou que o episódio começou com disparos contra as posições rebeldes ao longo da linha de frente. Segundo ele, 15 pessoas haviam sido mortas do lado rebelde nesta quarta-feira.
O governo russo ecoou as acusações. Um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à agência Interfax que o governo de Moscou está “extremamente preocupado com as ações provocativas das forças armadas ucranianas, que até onde podemos julgar provocaram em grande medida essa situação”.
Um acordo de paz foi fechado em janeiro, prevendo o imediato cessar-fogo e a retirada de armas pesadas da linha de frente. Isso ajudou a reduzir significativamente as mortes entre civis e militares nos últimos meses. Ainda assim, há confrontos esporádicos em várias áreas, mas sem grandes avanços. Fonte: Dow Jones Newswires.