O parlamento da Ucrânia classificou nesta terça-feira os grupos rebeldes pró-Rússia do leste do país como “organizações terroristas”, o que elimina formalmente a possibilidade de que negociações de paz possam acontecer.
O movimento acontece em meio a intensificação do combate no leste do país. Vladimir Putin, o presidente da Rússia, afirmou que oficiais ucranianos devem discutir diretamente com os rebeldes o fim do conflito, que já matou mais de 5 mil pessoas, segundo as Nações Unidas.
O governo de Kiev sempre chamou de “terroristas” os rebeldes separatistas das auto proclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk. No entanto, a ação do parlamento faz com que eles se encaixe em leis antiterrorismo ucraniana, afirmou Oleksiy Melnyk, um analista militar do Razumkov Centre. Isso significa que o governo tem o direito a restringir seus movimentos na Ucrânia, bloquear suas contas e, mais importante, impedi-los de participar de negociações de paz.
O parlamento envia uma mensagem a Moscou, a de que não irá negociar apenas com a Rússia e não com seus “fantoches”, disse Melnyk.
O parlamento também classificou a Rússia como um “estado agressor” e pediu às Nações Unidas, à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e a legislativos de outros países que também o façam.
A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de apoiar os rebeldes com tropas e armas. Moscou nega, mas militares ucranianos e europeus afirmam que o grande volume de armas pesadas na região desmente os russos. Fonte: Associated Press.