As crescentes tensões na Turquia pela prisão de dezenas de militares, em uma investigação sobre um suposto plano de golpe, serão resolvidas “dentro da ordem constitucional”, afirmou um comunicado do escritório presidencial divulgado hoje. O texto foi tornado público após um encontro entre o chefe do Exército e líderes civis do país. Na reunião estavam presentes o presidente turco, Abdullah Gul, o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, e o chefe do Estado-Maior, general Ilker Basbug.

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Também hoje uma corte turca acusou formalmente mais oito militares por envolvimento na suposta conspiração. Com isso, subiu para 20 o número de militares acusados no caso, segundo a agência de notícias Anatólia.

Na mais dura ação até o momento contra as poderosas Forças Armadas turcas, a polícia deteve na segunda-feira cerca de 50 militares para interrogatório, por suspeita de participação em um suposto plano de golpe em 2003. A investigação aprofundou as divisões entre as forças seculares e o governo islâmico moderado.

Essas divergências atingem o país desde que o Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, pelas iniciais em turco) chegou ao poder, em novembro de 2002. O AKP fazia parte de um movimento islâmico mais amplo, agora proscrito. Já o Exército é visto no país como um dos mais importantes pilares do secularismo. As informações são da Dow Jones.

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