A polícia turca prendeu hoje 120 pessoas suspeitas por vínculos com a rede terrorista Al-Qaeda, em ações simultâneas na madrugada em 16 províncias, segundo a agência estatal “Anatólia”. As autoridades locais realizaram ações similares contra suspeitos de laços com a Al-Qaeda no ano passado.
As prisões ocorrem após uma incursão anterior, que resultou na prisão de supostos militantes em Ancara e Adana na semana passada, quando foram interrogadas 40 pessoas. Vinte e cinco delas foram acusadas formalmente de vínculos com uma organização terrorista, enquanto o restante foi liberado.
Entre os detidos hoje está um membro da Universidade Yuzunci Yil, na cidade de Van, no leste turco. Ele é suspeito de recrutar estudantes no câmpus e outras pessoas através da internet, enviando-as ao Afeganistão para treinamento, segundo a “Anatólia”. Outros suspeitos incluíam alguns líderes locais, universitários e outros acusados de propagar a mensagem da Al-Qaeda.
A polícia não comentou a ação. Em 2003, militantes islâmicos vinculados à rede terrorista realizaram atentados suicidas em Istambul, matando 58 pessoas. Os alvos foram um banco, o consulado britânico e duas sinagogas. Em 2008, militantes supostamente ligados à Al-Qaeda fizeram um ataque perto do consulado dos EUA em Istambul, deixando três agressores e três policiais mortos.
Funcionários turcos afirmam que dezenas de militantes islâmicos da Turquia receberam treinamento militar da rede extremista em campos no Afeganistão. Apesar disso, a interpretação austera e violenta do Islã realizada pela Al-Qaeda tem pouco apoio público na Turquia. Vários outros grupos radicais atuam no país, que é de maioria muçulmana, mas oficialmente secular.