O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse nesta quarta-feira que o Estado Islâmico e separatistas do Partido do Povo do Curdistão (PKK) tiveram papel ativo no mais mortífero ataque terrorista já ocorrido no país. Segundo ele, os Estados Unidos e a Rússia estão ameaçando a segurança turca, com suas políticas de apoio a milícias curdas sírias.
Quatro dias após o duplo atentado na capital, Ancara, que matou pelo menos 97 pessoas, Davutoglu disse que as investigações mostraram que o PKK também estava envolvido na ação. Anteriormente, ele havia dito que o Estado Islâmico era provavelmente o responsável. “Nós continuaremos nossas investigações para cercar todos esses laços entre organizações”, disse o premiê em Istambul. “Independentemente de quem fez isso através de que ligações, nós identificaremos os autores desse ataque vil e os levaremos à justiça.”
O governo turco enfrenta o PKK, que exige mais autonomia para o sudeste do país. Alguns dos membros do grupo, porém, têm papel importante na luta contra o Estado Islâmico na fronteira com a Síria, recebendo o apoio de ataques aéreos dos EUA. A Rússia também tem oferecido apoio aos mesmos militantes.
Davutoglu disse que o governo turco advertiu os dois países sobre essas ações. “A Turquia não pode aceitar a cooperação com organizações terroristas que lançam uma guerra contra o país”, disse ele. “Não deixaremos as armas estocadas lá entrarem na Turquia.”
Autoridades turcas detiveram duas pessoas com supostos laços com o PKK, por causa de mensagens no Twitter que sugeriam a chance de um ataque do Estado Islâmico na capital algumas horas antes do atentado, informou a agência de notícias estatal Anadolu. Fonte: Dow Jones Newswires.