Grupos ligados ao regime do presidente sírio Bashar Assad estão por trás das explosões de dois carros-bomba na Turquia neste sábado, 11, que deixaram pelo menos 41 mortos e 100 feridos, disse o ministro do Interior da Turquia, Muammer Guler. “As pessoas e a organização que realizaram esse ataque foram identificadas. Descobrimos que elas são ligadas a grupos que apoiam o regime sírio e aos serviços de inteligência do país”, disse Guler à emissora de TV TRT.

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O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, condenaram veementemente o ataque. Ban Ki-moon ofereceu condolências às famílias das vítimas e ao povo turco e disse esperar que os responsáveis sejam identificados rapidamente e levados à justiça, segundo o porta-voz da ONU Martin Nesirky.

“Essa notícia horrível nos atinge de forma mais pessoal, já que temos uma parceria estreita com a Turquia, e muitas vezes a Turquia foi um interlocutor essencial no meu trabalho como secretário de Estado nesses últimos três meses”, disse Kerry, em nota.

As explosões ocorreram em Reyhanli, que fica a apenas alguns quilômetros da principal passagem de fronteira que dá acesso à Síria.

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Mais cedo, o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc, disse que o regime de Assad possivelmente estaria por trás do ataque – o pior ocorrido na Turquia desde o início dos conflitos no país vizinho.

O ministro turco de Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, disse durante visita a Berlim que “não é coincidência” o fato de o ataque ter ocorrido num momento em que os esforços diplomáticos internacionais estão se intensificando para resolver a crise na Síria.

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Os EUA e a Rússia, um dos poucos países que ainda apoiam o regime de Assad, se comprometeram esta semana a retomar os esforços para encontrar uma solução para o país. Segundo estimativas da ONU, cerca de 70 mil pessoas foram mortas desde o início dos conflitos na Síria, em março de 2011. As informações são da Dow Jones.