A polícia chinesa deteve 20 turistas estrangeiros da África do Sul, do Reino Unido e da Índia que viajavam para a região da Mongólia Interior, no norte do país, de acordo com funcionários chineses e britânicos e com um parente de alguns dos detidos. O Ministério das Relações Exteriores chinês informou nesta quarta-feira que a detenção ocorreu na semana passada, na cidade de Ordos, por causa da suspeita de conduta criminosa dos turistas, dizia o comunicado oficial, sem dar detalhes sobre as alegações específicas.

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Agentes de segurança mantêm nove dos turistas detidos, enquanto a investigação continua, enquanto os outros 11 serão deportados, disse o governo chinês. Não foi divulgada a nacionalidade dos envolvidos, nem suas identidades.

Os turistas – dez sul-africanos, nove britânicos e um indiano – estavam na China em uma viagem de 47 dias, quando foram detidos na manhã de sexta-feira no aeroporto em Ordos, segundo uma entidade beneficente sul-africana e um parente de três dos turistas.

As autoridades chinesas sugeriram que alguns dos membros do grupo estariam ligados a um grupo terrorista e vendo vídeos de propaganda extremista em seu quarto de hotel, segundo comunicado da Gift of the Givers Foundation, uma entidade que cuida da resposta a situações de desastres sediada na cidade sul-africana de Pietermaritzburg. A entidade disse não ter qualquer vínculo com os detidos ou seus parentes, mas se envolveu no caso a pedido de parentes de alguns dos detidos.

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O Ministério das Relações Exteriores chinês disse que não poderia confirmar as razões precisas para a detenção dos turistas. A entidade sul-africana afirmou que os nove turistas ainda sob detenção criminal são cinco sul-africanos, três britânicos e um indiano, sem fornecer seus nomes.

Um parente de três dos turistas sul-africanos, Shameel Joosub, é executivo-chefe da Vodacom Group, uma unidade sediada na África do Sul da gigante das telecomunicações britânica Vodafone. Em comunicado, ele disse que seu irmão, sua tia e seu tio estão detidos.

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As prisões coincidiram com uma visita de Estado do vice-presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, que chegou à China na segunda-feira para uma visita de cinco dias. Fonte: Dow Jones Newswires.