O primeiro-ministro da Tunísia, Hamadi Jebali, foi buscar apoio político, nesta terça-feira, para seu plano de criar um governo de tecnocratas que possam orientar o país a sair da crise, mas enfrenta resistência de seu próprio partido Ennahda, que é islamita.
Rached Ghannouchi, líder do Ennahda, sinalizou um possível compromisso com o futuro governo. “O governo que pode salvar a situação no país é o de coalizão nacional”, disse ele, insistindo, porém, que o gabinete também deve “representar todas as forças políticas”. Negociações estão em andamento, segundo ele, com cerca de seis aliados do Ennahda, incluindo o de centro-esquerda Congresso para a República (CPR) e o Ettakatol.
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Mustapha Ben Jaafar, disse que vai “apoiar firmemente” Jebali, acrescentando que o país estava em “situação crítica” após o assassinato de Chokri Belaid, uma figura da oposição esquerdista e crítico feroz do governo. Líder do Ettakatol, aliado ao Ennahda, Jaafar afirmou que entregará os ministérios controlados por seu partido, como Finanças, Turismo e Educação.
Na segunda-feira, centenas de tunisianos protestaram em frente à Assembleia Nacional exigindo a renúncia do governo, entre eles a viúva de Belaid, Besma Khalfaoui. As informações são da Dow Jones.