A passagem do tufão Bopha pelas Filipinas, que entrou no país ontem, deixou mais de 230 mortos em inundações e deslizamentos, segundo as autoridades do país. Mais de 120 mil pessoas estão desabrigadas, enquanto dezenas estão desaparecidas.
De acordo com o governo do país asiático, a maioria das vítimas moravam nas províncias do vale de Compostela e Davao Oriental, no leste da ilha de Mindanao. A região foi a mais afetada pela tempestade, que passou pelas províncias com ventos de até 175 km/h.
Mais de 150 pessoas morreram apenas no vale de Compostela. No povoado de New Bataan, que sofreu mais danos pelo tufão, as autoridades locais informam que mais de 200 pessoas ainda estão desaparecidas em meio a escombros e lama.
Equipes de resgate continuam na região tentando tirar os moradores da área afetada e levando-os a hospitais e centros de atendimento a desabrigados. A maioria dos socorridos sofreu ferimentos leves.
Alguns povoados ainda estão isolados devido à destruição de estradas e pontes. O fornecimento de energia elétrica e a rede de telefonia também foram afetados. Os voos e a navegação também foram suspensos.
Segundo o governador da província, Arthur Uy, a tempestade ainda destruiu escolas, cobriu ginásios, prefeituras e hospitais em diversas cidades.
Ele informa que os danos na infraestrutura e na agricultura são estimados em US$ 98 milhões (R$ 200 milhões). Cerca de 75% da produção agrícola, incluindo plantações de banana, principal atividade econômica da região, foram perdidos.
Na província vizinha de Davao Oriental, outras 80 pessoas morreram, enquanto foram registradas mais 15 mortes no resto do país, a maioria vítima de deslizamentos e destruição de casas. O balanço ainda é provisório e o número de vítimas pode aumentar.
O tufão Bopha entrou ontem pelo leste da ilha de Mindanao, onde ficam as províncias mais atingidas. O fenômeno perdeu força durante a noite e prosseguia em sua trajetória até o mar do sul da China, causando chuvas na ilha de Padawan, no norte do país.
A tempestade acontece um ano depois da passagem do tufão Washi, que deixou mais de 1.300 mortos no sul das Filipinas em dezembro do ano passado.