Os Estados Unidos anunciaram ontem a intenção de designar o Brasil como um aliado preferencial fora da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O anúncio foi feito pelo presidente americano, Donald Trump, ao receber o presidente Jair Bolsonaro na Casa Branca. O significado imediato, segundo fontes envolvidas nas negociações, é simbólico.
Com a designação, o governo brasileiro passa a ter posição prioritária em cooperação na área de Defesa e compra de equipamentos militares. A ideia partiu dos próprios americanos. Mais de uma dúzia de países são considerados aliados estratégicos militares dos EUA e possuem a mesma designação, incluindo Argentina, Jordânia e Tunísia.
Inicialmente, o anúncio era esperado como um prêmio de consolação para um eventual não comprometimento americano com a adesão do País à Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas Trump disse que poderia até mesmo “começar a pensar” no Brasil como um aliado da Otan. “Aumentará em muito a segurança e a cooperação entre os nossos países”, disse o americano.
O primeiro país da América do Sul a fazer um acordo de cooperação com a Otan – e não no status de aliado extra organização – foi a Colômbia, em maio de 2018. O país ingressou na Otan na condição de “sócio global”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.