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Trump ordenou pagamentos ilegais a mulheres na campanha de 2016, diz promotoria

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirmou que o presidente norte-americano, Donald Trump, teria ordenado pagamentos ilegais para comprar o silêncio de duas mulheres cujas alegações de casos extraconjugais ameaçaram sua campanha presidencial. Esta é a primeira vez que os promotores ligaram Trump a um crime federal.

Em um processo judicial, os promotores disseram que o ex-advogado pessoal do presidente, Michael Cohen, organizou os pagamentos secretos no auge da campanha de 2016 “em coordenação com e na direção de” Trump.

A lei federal exige que quaisquer pagamentos feitos “para fins de influenciar” uma eleição devem ser relatados nas divulgações de financiamento de campanha. Os documentos arquivados ontem pela promotoria deixam claro que os pagamentos foram feitos para beneficiar Trump politicamente.

Cohen já havia dito anteriormente que Donald Trump estava envolvido no esquema, mas os documentos judiciais foram arquivados. Porém, a sentença dada ao ex-advogado do presidente norte-americano mostrou que os promotores acreditavam nas alegações de Cohen.

Em agosto, Cohen se declarou culpado de oito acusações criminais – incluindo a de violar leis de financiamento de campanha durante a eleição presidencial – e também detalhou uma operação ilegal para sufocar as histórias de casos extraconjugais contadas pela atriz pornô Stormy Daniels e pela ex-modelo da Playboy Karen McDougal. Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, recebeu US$ 130.000 como parte de um acordo de confidencialidade assinado dias antes da eleição de 2016 e atualmente move um processo para anular o contrato.

A possibilidade de um presidente ser processado enquanto está no cargo é alvo de uma disputa legal.

Mas não há dúvida de que os promotores acreditam que os atos de Cohen foram criminosos e que Trump estava diretamente envolvido, uma revelação notável com potenciais ramificações políticas e legais para um presidente perseguido por investigações. Os pagamentos provavelmente se tornarão um alvo para os democratas na Câmara, que se preparam para investigar o presidente norte-americano no próximo ano. Fonte: Associated Press.

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