O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou há pouco o juiz Neil Gorsuch para a Suprema Corte. A vaga a ser preenchida estava aberta desde o início do ano passado, quando o principal representante da ala conservadora no tribunal, Antonin Scalia, faleceu. Gorsuch ainda precisará ser aprovado por ao menos 60 dos 100 senadores. Como o partido Republicano tem apenas 54 cadeiras na Casa, serão necessários os votos de, no mínimo, seis democratas.
Ao apresentá-lo, Trump rasgou elogios ao juiz e disse que as qualificações de Gorsuch são “inquestionáveis”, além dele ser “a escolha mais transparente” para um juiz. “Gorsuch tem excelentes habilidades legais, uma mente brilhante e tremenda disciplina”, exaltou Trump.
Com a mesma inclinação política de Scalia, Gorsuch não deve mudar o balanço na Suprema Corte, que conta com quatro juízes conservadores, quatro progressistas e um centrista.
Gorsuch, que atua no Tribunal Federal de Apelações de Denver, prometeu que, caso seja aprovado pelo Senado, fará de tudo para ser “um servo fiel das leis e da Constituição”. Ele ainda disse esperar ansiosamente para falar com senadores de ambos os partidos e se mostrou honrado pela indicação para a Suprema Corte.
Em discurso, Gorsuch aproveitou para citar algumas figuras jurídicas com as quais teve contato em sua carreira, inclusive Scalia. Enquanto mencionava alguns pontos de sua trajetória, Gorsuch pontuou que “um juiz que gosta de todo resultado que atinge é, provavelmente, um mau juiz”. (Flavia Alemi, com agências internacionais – flavia.alemi@estadao.com)