O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse que não conhece o procurador-geral interino, Matt Whitaker, o qual ele acaba de nomear para o cargo provisório. A declaração foi dada à imprensa da Casa Branca antes de embarcar para a França, onde participa da cerimônia do centenário da Primeira Guerra Mundial. Em sua conta oficial no Twitter, Trump disse na noite da última sexta-feira (9), que Whitaker é um ex-advogado americano “altamente respeitado” de Iowa. “Tenho certeza de que ele será um excelente procurador-geral em exercício!”, publicou. No mês passado, durante uma entrevista para a Fox News, Trump chamou Whitaker de “um cara legal”. “Quero dizer, eu conheço Matt Whitaker”, disse na ocasião.

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Matt Whitaker assumiu o cargo interino de procurador-geral dos EUA após a demissão de Jeff Sessions nesta semana. Nos EUA, o procurador-geral comanda o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês). A indicação provocou divergências entre republicanos e democratas porque o cargo é responsável pela supervisão do conselheiro especial Robert Mueller, que apura a suposta interferência do Kremlin nas eleição presidencial americana de 2016

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Em discurso realizado nesta sexta-feira em Kentucky, o líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, disse esperar que o presidente Donald Trump indique um novo procurador-geral “muito rapidamente” e que espera que o procurador-geral interino, Matt Whitaker, seja, de fato, interino. Os democratas criticaram Whitaker por comentários feitos por ele no passado, que mostravam críticas à investigação do conselheiro especial Robert Mueller e pediram por um projeto de lei que proteja Mueller.

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Recentemente, Whitaker escreveu um artigo de opinião pública dizendo que Mueller estaria se desviando das atribuições do mandato por investigar as finanças da família Trump. Whitaker concedeu entrevista a uma rádio, em que afirmou que não havia evidências de conluio entre o Kremlin e a campanha Trump. O procurador-geral interino não se manifestou a respeito das acusações. Após a nomeação, disse apenas, em nota, que: “Estou empenhada em liderar um departamento justo com os mais altos padrões éticos, que defende o estado de direito e busca justiça para todos os americanos”.

A constitucionalidade da nomeação de Whitaker é outra questão debatida pelos juristas dos EUA. Alguns advogados dizem que sua nomeação é ilegal porque não foi confirmada pelo Senado. Fonte: Associated Press.