O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira, 30, o procurador especial Robert Mueller, que no dia anterior deu por concluído o seu trabalho de dois anos para investigar a suposta interferência da Rússia nas eleições de 2016.

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O presidente, que falou com os jornalistas nos jardins da Casa Branca antes de embarcar em um helicóptero para uma visita ao Estado do Colorado, classificou Mueller de um “verdadeiro anti-Trump”.

Segundo o republicano, o procurador especial “nunca deveria ter sido designado” para realizar as investigações sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e o conluio de Moscou com a campanha de Trump para favorecê-lo na disputa com a rival democrata, Hillary Clinton.

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Em suas conclusões, Mueller determinou que não há provas de vínculos entre o entorno da equipe eleitoral de Trump e o Kremlin, mas não chegou a uma conclusão sobre o possível crime de obstrução de Justiça por parte do presidente americano.

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Na quarta-feira, 29, Mueller falou em público pela primeira vez desde que as investigações começaram e, ao mesmo tempo em que deu por encerrado o seu trabalho, deixou nas mãos do Congresso a possibilidade de iniciar um processo de impeachment contra Trump por obstrução de Justiça.

Os democratas, que têm maioria na Câmara dos Deputados, estão divididos sobre as possíveis implicações políticas da abertura de um processo de impeachment, em razão da proximidade das eleições de 2020.

Pressão

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, sob pressão de alguns democratas para apoiar a abertura de um processo de impeachment, reagiu à afirmação de Mueller dizendo que “nada está fora de questão”.

O procurador especial disse que, se os investigadores tivessem chegado à conclusão de que Trump “não cometeu um crime”, eles teriam dito. Pouco antes do encontro de Mueller com os jornalistas, Trump insistiu, em mensagem no Twitter, que “não tinha nada a ver” com uma suposta ajuda da Rússia em sua vitória na eleição presidencial de novembro de 2016.

Ele se irritou ao comentar sobre a possibilidade de o Congresso abrir um processo de impeachment. “Não sei como. É uma palavra suja, nojenta, repulsiva. É um imenso assédio presidencial.” (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.