O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atraiu fortes críticas tanto da ala democrata quanto de republicanos após aventar a possibilidade da revisão da política norte-americana sobre a interrogação e detenção de combatentes inimigos, uma medida que pode trazer de volta da tortura e outras “técnicas avançadas de interrogação”.

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Em entrevista dada à ABC News, o republicano afirmou que “é preciso combater fogo com fogo”. “Eu quero fazer tudo o que é possível dentro da lei. Se eu acho que funciona? Certamente acredito que funciona”.

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Os comentários geraram fortes críticas por parte de congressistas que, apontaram para um rascunho de decreto presidencial que circula em Washington pedindo a revisão da política de interrogação norte-americana do programa “black site”, utilizado para deter e interrogar suspeitos de terrorismo em locais secretos no exterior.

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Segundo o porta-voz de Trump, Sean Spicer, o rascunho não foi produzido na Casa Branca. A afirmação, no entanto, foi contestada por uma autoridade, que pediu para não se identificar. Segundo ela, o rascunho foi enviado pela Casa Branca para o estafe do Conselho de Segurança Nacional na terça-feira, com o pedido que fosse revisado e preparado para divulgação.

Em uma entrevista recente, Trump afirmou que iria se basear no conselho de sua equipe de segurança, incluindo o secretário de Defesa, James Mattis, e o diretor da CIA, Mike Pompeo. Ambos já se posicionaram contra o uso de técnicas como o “waterboarding”, ou tortura por afogamento.

Em 2009, o então presidente Barack Obama ordenou uma revisão dos métodos de interrogação. O relatório resultante, do qual partes foram divulgadas no mês passado, não encontrou apoio entre funcionários de segurança nacional para reinstituir os métodos abusivos.

Segundo o senador republicano, John McCain, um estatuto aprovado pelo Congresso impede que o presidente reinstaure o uso de técnicas avançadas de negociação.

“O presidente pode assinar o decreto que quiser. Mas a lei é a lei. Nós não vamos trazer a tortura de volta aos EUA”, afirmou McCain, presidente do comitê das Forças Armadas no Senado.

Fonte: Dow Jones Newswires.