Tropas do governo do presidente sírio Bashar Assad lançaram bombas e artilharia durante pesados confrontos entre forças formais e rebeldes, hoje (14), nas proximidades de Damasco, onde os militares têm realizado uma ofensiva para retomar importantes distritos que estão nas mãos da oposição há meses.
O Exército sírio tem avançado nos últimos três meses, recuperando territórios perdidos para forças rebeldes e solidificando sua posição em outras áreas, particularmente nas proximidades de Damasco.
Centenas de famílias estavam presas neste domingo num distrito a nordeste de Damasco, enquanto militares e rebeldes combatiam, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.
“Há um cerco porque francoatiradores do governo estão na periferia de Qaboun, o que dificulta qualquer tentativa de fuga”, afirmou o grupo, sediado em Londres.
“A área também é bombardeada pelo Exército”, declarou o grupo, que depende de uma rede de ativistas, médicos e advogados em território sírio para captar informações.
Segundo o Observatório, os moradores da região enfrentam um cerco sufocante. “Há grande falta de comida e algumas famílias não têm com o que alimentar suas crianças”, afirmou o grupo.
O Observatório informou também que dezenas de pessoas detidas numa prisão subterrânea improvisada, nas proximidades de uma mesquita de Qaboun, escaparam quando forças do regime – que faziam a guarda do local – foram embora para participar de combates.
Em Washington, autoridades norte-americanas disseram que um ataque israelense no interior da Síria no início deste mês teve como alvo armas antinavio fornecidas pela Rússia, afirmou uma autoridade norte-americana neste domingo.
O ataque aconteceu em 5 de julho nas proximidades da cidade portuária de Latakia e teve como alvo mísseis Yakhont, que são parte do sistema de defesa costeiro fornecido pela Rússia.
Trata-se do quarto ataque aéreo conhecido de Israel em território sírio neste ano. O objetivo de Israel é evitar a transferência de armas avançadas do governo sírio para o Hezbollah, disseram autoridades norte-americanas.
O Hezbollah enviou milhares de combatentes para a Síria para apoiar as forças de Assad na luta contra os rebeldes.
Autoridades israelenses se recusam a confirmar os relatos, mas afirmam que o país está determinado a agir contra carregamentos de armas da Síria para Israel que forem vistos como uma ameaça. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.