Tropas holandesas encerram missão no Afeganistão

A Holanda encerrou missão militar realizada há quatro anos no Afeganistão, marcando o fim da operação conduzida na região central de Uruzgan. O grupo será substituído por forças militares dos Estados Unidos, Austrália, Eslováquia e Cingapura. Cerca de 150 soldados ainda estão no país e devem deixar o país em uma semana, disse o porta-voz do exército holandês, major Henk Asma. A partida dos soldados marca o encerramento de uma das missões mais impopulares entre os cidadãos holandeses, mas amplamente reconhecida entre os afegãos como a mais efetiva. Desde 2006, 24 soldados holandeses morreram durante as operações.

O general alemão Josef Blotz, porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse aos repórteres em Cabul que a retirada holandesa não significa que a coalizão internacional esteja mais fraca. “No geral a força (da Otan) e a segurança do Afeganistão estão aumentando”, afirmou Blotz. Entretanto, o reforço das tropas na região ocorre essencialmente pela presença de mais soldados americanos – que recentemente tomaram o controle de áreas importantes em Helmand e Kandahar, antes sob domínio de forças britânicas e canadenses.

Hoje, uma bomba atingiu um miniônibus com civis em Maiwand, principal distrito fora da cidade Kandahar, no sul do Afeganistão, e as autoridades locais informaram que pelo menos seis pessoas que estavam no veículo morreram, de acordo com o porta-voz da província Zalmai Ayubi. Uma patrulha da Otan chegou ao local logo após a explosão e ajudou a resgatar as vítimas da explosão, segundo informou o comando da coalizão.

A Otan e os Estados Unidos estão reforçando as operações contra o Taleban nas províncias de Kandahr e Helmand. Julho foi o mês com maior número de mortos nas forças militares norte-americanas em nove anos de guerra, com 66 soldados mortos. A Otan contabilizou as maiores baixas em junho, quando 103 soldados morreram.

A escalada das ações militares aumenta o risco de mais mortes de civis, o que tende a diminuir o apoio dos afegãos aos Estados Unidos e a contribuição de tropas por outras nações. Mais de 200 pessoas realizaram protestos em Cabul alegando que bombas da Otan já provocaram mortes de 52 pessoas no sul do país. A informação é contestada pela organização. Segundo Blotz, uma equipe das forças militares que investiga os casos confirmou a morte de apenas três civis durante a operação província de Sangin, em Helmand.

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