A tripulação do navio que levava 365 imigrantes sírios para a Europa usava capuzes para impedir a identificação, afirmaram investigadores italianos neste sábado. Segundo eles, os imigrantes afirmaram que a tripulação colocou o navio em piloto automático antes de abandonar a embarcação.

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Os 365 imigrantes sírios estão em Corigliano Calabro, uma pequena cidade no sul da Itália. Eles afirmaram aos investigadores que estão no navio desde 31 de dezembro, quando embarcaram na Turquia depois de terem feito viagem de avião do Líbano, país que faz fronteira com a Síria. Ainda não se sabe de qual porto turco o navio saiu.

Traficantes responsáveis pelo transporte dos imigrantes costumam se esconder entre o grupo na tentativa de evitar a prisão. Segundo o chefe de polícia Luigi Liguori, no entanto, os sírios afirmaram que a tripulação estava encapuzada toda vez que foram vistos.

Autoridades italianas temem que os traficantes estejam usando uma nova e perigosa estratégia. O Ezadeen é o segundo navio cargueiro abandonado enquanto ruma em direção à costa italiana em piloto automático. É possível que os traficantes tenham chegado à conclusão de que, com o valor pago por cada passageiro para realizar a viagem, é vantajoso inclusive abandonar o navio e escapar de uma possível prisão.

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Os imigrantes sírios afirmaram que pagaram entre US$ 4 mil e US$ 8 mil para fazer a viagem. Segundo a representante da prefeitura de Corigliano Calabro, Emanuela Grego, os imigrantes pareciam ter condições econômicas razoáveis. “Eles estavam bem vestidos”, notou.

Emanuela afirmou que a prefeitura recebeu 359 pessoas: 255 homens, 42 mulheres e 62 crianças, oito delas desacompanhadas. Fonte: Associated Press.

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