A instalação do Tribunal Permanente dos Povos marcou o segundo dia da 3ª Cúpula dos Povos, que ocorre em Lima, Peru. A instância já recebeu denúncias de violações a direitos humanos, direitos trabalhistas e de prejuízos ao meio ambiente por empresas transnacionais.
Foram ajuizados no tribunal, por exemplo, pedidos para que se analise a forma de atuação da petrolífera Repsol YPF na Argentina, Bolívia e Equador, por supostamente contaminar o meio ambiente e prejudicar a vida de comunidades.
Há ainda denúncias contra empresas de áreas de siderurgia, agronegócio, setor bancário, de água e de energia por violações a direitos trabalhistas, quebra de patentes e desacordo com a Lei de Biossegurança.
O Tribunal Permanente dos Povos busca, ao discutir as denúncias, dar visibilidade aos impactos sociais e ambientais provocados pela atuação das empresas. As multinacionais vêm violando os direitos humanos e o meio ambiente, avalia Miguel Palacín, coordenador da cúpula.
A Cúpula dos Povos ocorre entre os dias 13 e 16 de maio em paralelo realização da 5ª Cúpula da América Latina, Caribe e União Européia, que reúne chefes de Estado das regiões e vai de 13 a 17 de maio.
Realizado no prédio da Universidade Nacional de Engenharia de Lima, em um bairro distante de onde ocorre o evento dos chefes de Estado, o encontro dos povos reúne integrantes de movimentos sociais de países latinos e europeus.