Um tribunal da Venezuela ordenou hoje a prisão de Ramon Martínez, ex-aliado do presidente Hugo Chávez, por suspeita de irregularidades em um projeto de desenvolvimento imobiliário e um programa de pesca, lançados por ele quando era governador do Estado de Sucre, de 2000 a 2008. Martínez deixou de ser aliado de Chávez em 2007, quando se recusou a fazer parte do novo partido governista do presidente. Promotores registraram acusações de corrupção nos últimos meses contra diversos opositores do governo, que alegam que as acusações são motivadas por questões políticas.
Segundo o tribunal, Martínez foi acusado “de supostas irregularidades ocorridas” durante sua gestão, entre elas um suposto “caso de venda irregular de casas destinadas ao ‘Barrio Adentro'”, programa de saúde promovido pelo presidente. A outra acusação diz respeito ao projeto relacionado com a produção pesqueira ocorrida entre 2001 e 2004.
De acordo com a investigação, o filho do ex-governador e ex-presidente da Fundação Regional de Habitação, José Diaz, também estaria envolvido nos supostos delitos. Foi emitido um mandado de prisão para ele.
Martínez, dirigente do Partido Podemos, não se encontrava em sua residência ontem quando agentes da Guarda Nacional e fiscais do Ministério Público chegaram para prendê-lo, informou a juíza de controle de Sucre, Ana Dubraska García. Se for declarado culpado de alguma das acusações, ele pode ser condenado de seis meses e 10 anos de prisão.