Um tribunal da Índia condenou nesta quinta-feira cinco homens por estuprar duas mulheres, uma fotojornalista e uma operadora de call center, em julho e agosto do ano passado, dentro de uma usina têxtil abandonada no centro financeiro de Mumbai. Os estupros ocorreram com cerca de um mês de diferença no mesmo moinho, no bairro de Lower Parel, onde shoppings de luxo e condomínios coexistem com favelas em expansão. Três dos cinco homens foram condenados em ambos os casos.

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O ministro de Assuntos Internos de Maharashtra, R. R. Patil, disse esperar que os veredictos tenham “efeito dissuasivo” e assinalou que os casos foram julgados “no menor tempo possível”. Os condenados devem enfrentar sentenças de 20 anos a prisão perpétua, segundo o promotor Ujjwal Nikam. O anúncio de sentenças é esperado para sexta-feira. Dois menores de idade estão sendo julgados separadamente por uma corte especial.

No primeiro caso, uma operadora de call center foi estuprada em 31 de julho no interior da usina têxtil abandonada. Quase um mês depois, uma fotojornalista de 22 anos estava a trabalho no local com um colega do sexo masculino, quando vários homens se aproximaram e se ofereceram para ajudá-los a obter permissão para fazer fotos na usina. Quando entraram no local, o homem foi espancado e amarrado, enquanto os agressores se revezaram violentando a mulher.

A fotojornalista surpreendeu a nação após o ataque, dizendo à mídia local “que o estupro não é o fim da vida” – uma declaração revolucionária, uma vez que muitas vítimas de estupro são rejeitadas por suas famílias, demitidas de seus empregos ou expulsas de suas aldeias de origem. Sob a lei indiana, as mulheres não podem ser identificadas.

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Os homens condenados têm idades entre 19 e 26 anos, de acordo com a agência de notícias Press Trust of India. Nas semanas após o ataque à fotojornalista, a polícia de Mumbai disse que os suspeitos tinham pouca ou nenhuma educação e viviam em favelas perto da usina abandonada. Fonte: Associated Press.