O Tribunal de Primeira Instância da União Européia confirmou hoje a multa de ? 497,2 milhões imposta em 2004 à Microsoft por abusar de sua posição dominante no mercado. O bloco econômico ainda exigiu que o programa Windows Media Player fosse separado do sistema operacional Windows, para dar chances iguais a programas concorrentes. A Comissão Européia (CE) – órgão executivo da UE – comemorou a sentença, que respaldou a maior parte da decisão do Executivo comunitário contra o gigante da informática Microsoft. Em um breve comunicado no qual anuncia que fará mais tarde uma análise da histórica sentença, o Executivo da UE "felicita" a decisão da Corte Européia.
A Microsoft Corp. disse que não resolveu ainda se vai recorrer da decisão. "Eu não quero falar sobre o que faremos em seguida", afirmou o advogado da empresa, Brad Smith. "Temos que ler a sentença antes de tomarmos qualquer atitude". A Microsoft pode apelar à Corte Européia de Justiça, instância superior, dentro de dois meses.
A disputa judicial entre os europeus e a Microsoft se arrasta há cerca de oito anos e gira em torno do Windows Media Player, um programa usado por milhões de pessoas para ouvir música e ver filmes no computador. Para a UE, o fato de a empresa de Bill Gates distribuir esse aplicativo junto com o Windows prejudica empresas que produzem softwares semelhantes, como o RealOne, produzido pela Real, e o QuickTime, desenvolvido pela Apple, eterna rival da Microsoft.