Um tribunal da Bielo-Rússia prendeu hoje cerca de 600 pessoas, por até 15 dias, em razão de elas terem participado dos protestos contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko, informou a agência Interfax. Também hoje, as autoridades locais informaram sobre a libertação provisória de dois dos sete candidatos presidenciais presos durante os protestos. Dmitry Uss e Rygor Katusev foram liberados na noite de ontem com ordens para não deixar a capital, Minsk, por supostamente terem se envolvido nos distúrbios no domingo, dia da eleição.
Líderes da oposição acusaram as autoridades pelos distúrbios, segundo a agência de notícias russa RIA Novosti. Um dos candidatos de oposição que escapou da prisão, Grigoriy Kostusev, disse que os protestos eram pacíficos, mas as autoridades provocaram, causando a violência. Milhares de pessoas foram dispersadas pelas tropas no domingo, quando os manifestantes tentavam invadir o Parlamento após os resultados preliminares mostrarem que Lukashenko havia conseguido um quarto mandato consecutivo.
A Alta Comissária para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, pediu que os candidatos de oposição e os manifestantes que não se envolveram em atos violentos sejam libertados imediatamente. Sete dos nove candidatos de oposição estavam entre os presos.
A chancelaria do Reino Unido pediu que a Bielo-Rússia obedeça à lei nos casos e demonstrou preocupação. Em comunicado, o ministro para a Europa da chancelaria britânica, David Lidington, notou que as autoridades bielo-russas “parecem ter usado força excessiva contra os manifestantes durante uma manifestação em Minsk em 19 de dezembro”. As informações são da Dow Jones.