Um tribunal da Índia considerou hoje culpados dois homens e uma mulher muçulmanos por ataques a bomba que mataram 52 pessoas e feriram cem na capital financeira do país, Mumbai, seis anos atrás. Dois táxis explodiram no intervalo de poucos minutos um do outro, no dia 25 de agosto de 2003, no Portal da Índia, uma popular atração turística. Os ataques foram um dos piores da história de Mumbai. Nenhuma outra pessoa foi acusada pelos crimes. O juiz disse que os três devem ter suas sentenças estabelecidas no início de agosto. O promotor público Ujjwal Nikam disse que vai pedir a pena de morte para eles.
Ashrat Shafiq Mohammed Ansari, Syed Mohammed Haneef Abdul Rahim e sua mulher Fahmeeda Syed Mohammed Haneef foram detidos sob leis antiterrorismo pouco depois dos atentados. As acusações contra o trio incluem assassinato e danos à propriedade pública. Eles afirmaram inocência. Outras três pessoas haviam sido presas sob suspeita e participação nos ataques, mas foram liberadas sem que um processo fosse instaurado.
O juiz M.R. Puranic disse que os três são integrantes da Lashkar-e-Taiba, um extinto grupo militante formado nos anos 1980, supostamente sob a bênção da inteligência paquistanesa, para espalhar conflitos na disputada região da Kashemira. Os três negaram ter envolvimento com o grupo. Investigadores indianos também culparam Lashkar-e-Taiba pelos ataques de novembro de 2008 em Mumbai, quando dez homens armados mataram 166 pessoas durante três dias.