Tribunal aponta advogado e adia julgamento de Karadzic

O Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia determinou hoje que o ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic terá um advogado para representá-lo sempre que não comparecer à corte. A decisão ocorre após Karadzic boicotar o início de seu julgamento – adiado agora para 1º de março – por crimes de guerra, na semana passada, argumentando que não teve tempo suficiente para preparar sua defesa.

Acusado de orquestrar atrocidades durante a Guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, Karadzic enfrenta duas acusações por genocídio e outras por crimes contra a humanidade. Ele se recusou a entrar com apelações, mas alega ser inocente. A decisão permitirá a Karadzic, por enquanto, continuar a fazer sua própria defesa na corte. Ele deverá, contudo, trabalhar junto com um advogado. No período até o julgamento, o novo advogado vai se preparar para assumir o caso.

Karadzic foi apontado pelos promotores como comandante supremo de uma brutal campanha de limpeza étnica contra muçulmanos e croatas, em território que os servo-bósnios afirmavam controlar. A campanha incluiu o cerco a Sarajevo e o massacre de 1995 em Srebrenica, quando 8 mil muçulmanos morreram nessa cidade.

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