O Tribunal de Islamabad encarregado do caso da menina cristã que permanece detida sob a acusação de blasfêmia ampliou nesta sexta-feira em 14 dias sua prisão preventiva para que a Polícia tenha mais tempo para investigar o caso.
Segundo a imprensa paquistanesa, durante a audiência de hoje o juiz atendeu um pedido dos investigadores, que afirmaram que a folha de acusações ainda não está pronta, e decretou a ampliação da custódia da menina Rimsha Masih.
Nesta quinta-feira, o tribunal decidiu adiar por dois dias o anúncio da decisão sobre a concessão de liberdade mediante pagamento de fiança à menor, com o objetivo de estudar o relatório médico que garante que Masih tem menos de 14 anos e é deficiente mental.
De acordo com algumas versões, a menina saiu no último dia 18 para buscar papel com o objetivo de usá-lo como combustível em sua casa, mas por erro recolheu versos do Alcorão.
Desde então, ela permanece presa em Rawalpindi, apesar dos protestos de grupos de direitos humanos e de organizações religiosas moderadas.