Tribo apache quer desculpas por referência a Jerônimo

O líder da tribo apache do Forte Sill, Jeff Houser, quer desculpas formais do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pelo uso do codinome “Jerônimo” como referência a Osama bin Laden, usado por fuzileiros navais na operação que resultou na morte do líder terrorista na madrugada da última segunda-feira. O chefe da tribo enviou uma carta ontem ao presidente.

A carta foi colocada na manhã de hoje no site da tribo e foi confirmada a autoria de Houser. Ele escreveu que sua tribo estava contente ao saber da morte de Bin Laden, mas reagiu quando soube que o código usado para o terrorista foi o nome de um dos guerreiros lendários da tribo de Oklahoma.

Houser disse que comparar Jerônimo ou qualquer outro personagem nativo dos EUA com um “terrorista covarde e assassino em massa” é uma ofensa. Os líderes de outra nação indígena, a Onondaga, também classificaram como “condenável” o uso do nome “Jerônimo”, informou o repórter Charles McChesney, do jornal Post Standard. “Imagine o alarido se o nome de outro grupo étnico tivesse sido usado”, declarou o Conselho de Chefes Onondaga.

“Jerônimo defendeu brava e heroicamente sua terra e seu povo. É o nome nativo americano mais conhecido no mundo e essa comparação serve apenas para perpetuar estereótipos negativos sobre o nosso povo”, dizia o conselho.

Os chefes indígenas ainda afirmaram que o incidente reviveu as memórias do caso do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que declarou no ano passado que o governador David Paterson deveria “usar um chapéu de caubói e uma arma” para lidar com os assuntos indígenas. As informações são da Associated Press.

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