Militantes mataram três policiais egípcios durante a noite em ataques diferentes no norte da Península do Sinai, informaram fontes médicas e do setor de segurança nesta quinta-feira. Três homens não identificados atacaram uma delegacia de polícia na cidade de Sheikh Zuweid, ferindo três policiais. Após o confronto, eles fugiram num veículo, disseram policiais.
Um dos feridos, identificado pela agência de notícias Mena como o policial Mohamed Said Metwali, de 34 anos, morreu pouco depois de dar entrada no hospital El-Arish. Outro policial foi morto a tiros do lado de fora de sua casa em El-Arish, que é a principal cidade do norte do Sinai.
Na noite de quarta-feira, militantes abriram fogo contra uma delegacia de polícia, também em El-Arish, matando um recruta policial que estava de guarda do lado de fora do prédio, fugindo a seguir.
Na terça-feira, militantes dispararam granadas propelidas por foguete contra um posto de verificação na cidade fronteiriça de Rafah, ferindo seis policiais e dois civis, informaram fontes do setor de segurança.
Os recentes ataques na região, que abriga luxuosos resorts de luxo no Mar Vermelho, ocorrem no momento em que tropas egípcias se concentram para realizar uma ofensiva contra militantes islamitas da região.
O último regimento de reforços militares chegou ao Sinai na quarta-feira, um dia depois de Israel dar ao Egito sinal verde para enviar dois batalhões para a região para “combater o terrorismo”. O envio de tropas para o Sinai é restringido por um tratado de paz de 1979, assinado pelos dois vizinhos.
Desde o golpe militar que derrubou o presidente islamita Mohamed Morsi, em 3 de julho, após enormes protestos em todo o país, grupos militantes vêm lançando ataques quase diários contra militares e policiais no Sinai.
Vários membros das forças de segurança morreram desde então, assim como dois cristãos egípcios, um dos quais foi encontrado decapitado cindo dias após ter sido sequestrado.
Na madrugada de segunda-feira, três trabalhadores de uma fábrica de cimento foram mortos num ataque contra o ônibus no qual viajavam, também em El-Arish.
Analistas atribuem a violência no Sinai a extremistas islâmicos que querem se aproveitar da insegurança política no país após a derrubada de Morsi. Fonte: Dow Jones Newswires.