O governo chinês advertiu nesta quinta-feira (15) que o número de mortos pelo forte terremoto do início desta semana pode chegar a 50 mil somente na província de Sichuan, na região central da China. A emissora estatal CCTV atribuiu a informação ao Conselho de Estado em seu noticiário noturno. Li Chengyun, vice-governador de Sichuan, declarou pouco antes que o número oficial de mortos em sua província é de 19,5 mil. Dezenas de milhares de pessoas continuam presas sob os escombros ou são consideradas desaparecidas.

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Inundação

A região afetada pelo pior terremoto da China em três décadas está ameaçada por um nova tragédia por causa do risco de rompimento da barragem próxima de Dujiangyan, que provocaria a inundação da cidade de 600 mil habitantes. Ontem, 2 mil soldados foram enviados ao local para tentar reparar as rachaduras provocadas pelo tremor.

A barragem de Dujiangyan é a maior de centenas que foram afetadas pelo terremoto na região central, que tem inúmeros rios e é bastante montanhosa. A cidade já vive um dos maiores dramas do terremoto, que é o soterramento de 900 crianças e adolescentes em uma escola.

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A estimativa do número de pessoas soterradas pelo terremoto subiu ontem para 26 mil, após equipes de resgate alcançarem regiões que até então estavam totalmente isoladas e sem comunicação com o restante do país. O número oficial de mortes já confirmadas chega a 15 mil e há 64 mil feridos, segundo dados divulgados pelo governo.

Pela primeira vez, uma equipe alcançou o epicentro do terremoto, a cidade de Wenchuan, de 112 mil habitantes. Os primeiros soldados chegaram de helicóptero e o premiê Wen Jiabao também esteve lá. Tentativas de alcançar a cidade haviam sido frustradas pelo mau tempo na terça. No distrito de Wenchuan onde o tremor começou, 70% dos prédios foram destruídos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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