Li Chengyun, vice-governador da província de Sichuan, onde ocorreu na segunda-feira (12) o pior terremoto da China em três décadas, afirmou que o número oficial de mortos até hoje à tarde era de 12 mil e continuava a crescer. Segundo ele, 26,2 mil pessoas estavam feridas e pelo menos 3,5 milhões de casas foram destruídas com o tremor. Dezoito mil pessoas estariam soterradas apenas na cidade de Mianyang.
A chuva que caiu durante todo esta terça-feira (13) na região afetada prejudicou o trabalho dos cerca de 40 mil soldados, policiais e médicos que participam do resgate. Quanto mais o tempo passa, menor a chance de se encontrarem sobreviventes. A operação de resgate também foi prejudicada pela ocorrência de cerca de 30 tremores de menor intensidade registrados hoje, réplicas do tremor de ontem. Durante a tarde, a cidade de Wenchuan, epicentro do terremoto principal, foi atingida por outro abalo, de 6,2 pontos na escala Richter.
Até a noite desta terça-feira (horário local), ainda não havia informação sobre o número de vítimas em Wenchuan. Localizada 146 quilômetros a noroeste de Chengdu, capital de Sichuan, a cidade só foi alcançada hoje pela primeira equipe de resgate. A imprensa oficial chinesa informou que pelo menos um terço das construções da cidade de 112 mil habitantes desabou. O fornecimento de luz e a comunicação telefônica com Wenchuan foram cortados pelo abalo. O acesso à cidade estava prejudicado pela destruição das estradas na região, muito montanhosa.