A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu à Câmara dos Comuns que “me dê o mandato que preciso para renegociar o acordo do Brexit” em Bruxelas, com autoridades da União Europeia (UE), quando precisará do “maior apoio possível”. Segundo ela, a votação de hoje deve mandar uma “mensagem enfática” sobre aquilo que o Reino Unido busca no pacto. “Traremos uma versão revisada do acordo para votação assim que pudermos”, afirmou May.

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O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, selecionou para votação hoje a emenda da parlamentar trabalhista Yvette Cooper, que criaria tempo para permitir que o Parlamento aprovasse uma lei que obrigaria May a pedir uma prorrogação do Artigo 50 (ou seja, adiar a data final para o Brexit, atualmente em 29 de março) se nenhum acordo de saída da União Europeia (UE) for selado até 26 de fevereiro, segundo uma fonte do partido. A proposta deve receber apoio do Partido Trabalhista.

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Por outro lado, também será votada a emenda proposta pelo conservador Graham Brady, que busca rever a parte do acordo acertado com líderes da UE que trata da questão da fronteira entre as Irlandas (“backstop”). May pediu apoio à proposta, e defendeu que adiar a data de saída do bloco comum não resolverá impasses e não eliminará a possibilidade de uma saída bruta, sem entendimento.

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“O que faremos hoje é olhar a uma série de emendas e depois levar à UE, para garantir que teremos um acordo”, afirmou May. Se apoiarem a proposta de Brady, como pede a primeira-ministra, os parlamentares sugerem que, caso a questão da fronteira seja renegociada, apoiarão o pacto de saída. Isso porque a emenda do conservador propõe que caso haja alternativas à uma fronteira ‘dura’, o acordo de retirada receberia suporte do Parlamento.

Segundo May, depois, caso um acordo do Brexit não seja selado até 13 de fevereiro, os parlamentares poderão votar emendas sobre como prosseguir. Ela afirmou que mudanças específicas na atual versão do pacto, que será revisada, serão feitas para atender às demandas da Casa. “Devemos focar toda nossa energia em conseguir um acordo revisado que a Câmara e a UE apoiem”, afirmou.

Questionada sobre o impacto do Brexit à economia do Reino Unido, May disse que “nossas análises mostram que o nosso acordo do Brexit é o melhor possível”.