O forte furacão Hagupit se aproximava das Filipinas nesta sexta-feira (5), mas previsões distintas a respeito de sua trajetória fizeram com que um trecho maior do país se preparasse para um final de semana com chuvas e ventos destruidores.
A expectativa é que o furacão chegue à região central das Filipinas na noite de sábado (6), atingindo partes da região que foi devastada pelo Haiyan no ano passado, quando deixou mais de 7.300 mortas ou desaparecidas. Apesar disso, a boa notícia é que o tufão está perdendo força na medida em que se aproxima da costa.
Modelos de computador de duas agências que acompanham de perto o tufão – o Centro Conjunto de Advertência para Tufões do Exército norte-americano, localizado no Havaí, e a agência meteorológica das Filipinas – mostram caminhos diferentes para o Hagupit.
A agência dos Estados Unidos diz que o tufão pode seguir para o norte depois de atingir o solo e passar pelo sul da capital Manila, cidade com mais de 12 milhões de habitantes. Já a agência filipina, conhecida pelo acrônimo PAGASA, projeta um caminho mais ao sul.
As duas agências afirmam também que Haguipt está lentamente perdendo força. Segundo a PAGASA, ele tem agora ventos sustentados de 195 quilômetros por hora e rajadas de 230 quilômetros por hora. O centro norte-americano diz que não se trata mais de um supertufão e que o Hagupit deve continuar a perder força e seus ventos devem ser de 175 quilômetros por hora na manhã de domingo (7).
“Embora haja informações que de o tufão esteja perdendo força, não significa que nossa prontidão também tenha se enfraquecido”, disse Alexander Pama, que dirige a agência de respostas a desastres do país.
Depois da destruição causada pelo Haiyan, que pegou a população despreparada para lidar com a força do tufão, as autoridades de moradores parecem mais preparados desta vez para responder à crise iminente.
Dezenas de voos domésticos foram cancelados e serviços de balsa entre as ilhas foram suspensos.
Em Tacloban, cidade onde o Haiyan deixou milhares de mortos e destruiu vilas inteiras, e em províncias próximas, dezenas de milhares de moradores foram retirados de áreas de alto risco e levados para abrigos. Fonte: Associated Press.