Tráfico de armas nucleares é ?ponta do iceberg?

O diretor-geral do Organismo Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El-Baradei, advertiu que os casos de proliferação nuclear que foram descobertos até agora são apenas “a ponta do iceberg”.

Em um seminário de especialistas que ocorreu recentemente em Viena, El-Baradei reiterou seu apelo para que se tomem medidas urgentes para o fortalecimento da segurança global e se coloque fim a esse mercado negro.

O principal dirigente da AIEA afirmou que são necessários recursos adicionais para investigar a cadeia de atividades no mercado ilícito nuclear, a fim de evitar que casos como os do Paquistão e da Líbia se repitam.

El-Baradei também destacou a importância de se diminuir o papel que as armas nucleares desempenham na segurança internacional e de reduzir o número desses artefatos, que na atualidade chega a 30 mil.

O dirigente disse que chegou o momento de se limitar, em todo o mundo, o processamento de material nuclear de duplo uso, o qual é utilizado em programas civis, e de restringir a criação de novos materiais a instalações sob controle multilateral.

El-Baradei acrescentou que se deve estudar a possibilidade de manejar os dejetos de combustível radioativo sob um sistema multilateral. Ele afirmou que a cooperação internacional nessas etapas do ciclo nuclear teria numerosas vantagens em termos financeiros e de segurança.

Essas iniciativas, segundo ele, proveriam controles adicionais para evitar a proliferação e dariam acesso aos benefícios da tecnologia nuclear a mais pessoas no mundo.

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