A tempestade tropical batizada de Agatha enfraqueceu e se dissipou, mas até agora deixou 16 mortos na Guatemala. Autoridades disseram que o número de vítimas pode aumentar. Até a noite de sábado, 4.300 pessoas estavam em abrigos.
Com ventos de até 75 quilômetros por hora, a tempestade que atingiu ontem a Guatemala e o sul do México provocou deslizamentos de terras perto da fronteira entre os dois países antes de enfraquecer para uma depressão tropical e se dissipar hoje sobre as montanhas no oeste da Guatemala.
Apesar disso, a Agatha ainda apresenta problemas para a região: os resquícios da tempestade devem provocar chuvas de 10 a 20 polegadas no sudoeste do México, na Guatemala e também em partes de El Salvador, ameaçando “inundações fatais e deslizamentos de terras”, como informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, em um boletim neste domingo.
O presidente guatemalteco, Alvaro Colom, disse ontem que os rios do sul do país estavam perto de transbordar. Segundo ele, o vale da Cidade da Guatemala enfrentou um volume de chuvas de 4,3 polegadas (10,8 centímetros) em 12 horas, o maior volume desde 1949.
No sábado, deslizamentos de terras na capital mataram quatro pessoas e deixaram outras 11 desaparecidas, de acordo com o porta-voz de resgate do governo, David de Leon. A maior parte da cidade ficou sem eletricidade durante a noite, o que dificultou os trabalhos de busca. As estações locais de rádio informavam muitos outros deslizamentos de terras e possíveis mortes, mas tais relatos não puderam ser imediatamente confirmados. Um edifício de três andares no norte da capital ruiu, mas não houve registro de vítimas.
Em El Salvador, o presidente Mauricio Funes declarou “alerta vermelho”, maior nível de emergência, após pelo menos 140 deslizamentos de terras no país e três mortes. As informações são da Associated Press.