Testemunhas afirmaram hoje que já passa de cem o número de mortos em confrontos entre forças de segurança e milicianos islâmicos em uma cidade do nordeste da Nigéria. Um jornalista disse ter contado mais de cem corpos deixados no pátio da delegacia de Maiduguri, capital do Estado nigeriano de Borno. Apesar das afirmações, autoridades locais contam 55 mortes na região e não confirmam o número de mortos em Maiduguri.

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A violência começou no fim de semana, depois de milicianos islâmicos de um grupo conhecido como “Taleban nigeriano” terem promovido ataques a delegacias, prisões, igrejas e prédios do governo no norte do país. “Mais de cem corpos foram deixados no quartel da polícia e outros mais estão sendo levados”, disse Ibrahim Bala, outro jornalista, em entrevista à Associated France-Presse. Numa tentativa de evitar novos episódios de violência, soldados estabeleceram postos de controle e impuseram toque de recolher em cidades dos Estados de Yobe, Kano, Borno e Plateau.

O “Taleban nigeriano” surgiu em 2004, quando estabeleceu uma base em Kanamma, no Estado Yobe, fronteira com Níger. Dali, o grupo passou a promover ataques contra a polícia. A maior parte da população do norte da Nigéria é muçulmana, mas há redutos cristãos nas principais cidades da região, o que causa tensão entre os dois grupos religiosos. Desde 1999, 12 Estados do norte nigeriano estabeleceram a Sharia, código de leis islâmico. As informações são da Dow Jones.

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