O número de brasileiros barrados no Aeroporto de Barajas, em Madri, caiu de cerca de 20 por dia, em fevereiro deste ano, para 5 por dia nos últimos meses. Diversos procedimentos foram adotados para conseguir essa diminuição. Em abril, por exemplo, foi criada uma linha telefônica direta (hotline) entre o consulado brasileiro e a polícia de imigração, para agilizar o atendimento.
“O representante do consulado conversa com o brasileiro para conhecer o problema e aciona a família no Brasil para informar a situação ou para providenciar algum documento que esteja faltando”, explica Gelson Fonseca, cônsul-geral do Brasil em Madri. “Mas não podemos garantir a entrada na Espanha”, diz.
Apesar da diminuição no tempo gasto, o atendimento pode demorar entre 24 e 48 horas. O brasileiro aguarda pelo desfecho em duas salas – uma delas foi inaugurada recentemente -, com banheiros, chuveiros e camas. Também já está em vigor um acordo de cooperação policial entre os dois países para questões migratórias.
Além de procurar o consulado brasileiro, o viajante poderá contar em breve com auxílio jurídico gratuito. Ontem, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho-Geral da Advocacia Espanhola firmaram um convênio que vai permitir o atendimento inicial a brasileiros e espanhóis retidos nos aeroportos dos dois países. “O convênio é mais um instrumento para defesa do brasileiro e vai redobrar os cuidados das autoridades espanholas”, avalia o embaixador Eduardo Gradilone, chefe do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Além da Espanha, Reino Unido, Portugal e Irlanda são os países que mais têm impedido a entrada de brasileiros. Isso porque não exigem visto de entrada, a exemplo dos Estados Unidos e do Canadá. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.