O Timor Leste ampliou por mais um mês o estado de emergência imposto após as tentativas de assassinato do presidente e do primeiro-ministro do país, em fevereiro. O Parlamento aprovou no último domingo (23) a ampliação, baseado em um pedido do presidente interino, Fernando Lasama de Araújo. O estado de emergência, que proíbe as grandes concentrações de pessoas e impõe um toque de recolher noturno, terminaria no próprio domingo.
Segundo Araújo, o Timor Leste está quase completamente estável. Mas ele alertou que a segurança em alguns distritos a oeste continua sendo "frágil". O presidente José Ramos Horta ficou ferido no ataque a tiros perto de sua residência, em 11 de fevereiro. No incidente, seus guarda-costas mataram o dirigente rebelde Alfredo Reinado. Uma hora depois, outro grupo atacou a caravana do primeiro-ministro Xanana Gusmão, que escapou ileso.
Ramos Horta deixou recentemente um hospital na Austrália, onde passou por várias cirurgias. Os ataques trouxeram um aumento das tensões entre o governo e vários ex-soldados, afastados em 2006 após fazerem greve por suposta discriminação.