A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, foi pressionada neste domingo a tomar posição na guerra travada pelo Partido Conservador em relação ao Brexit, antes da nova rodada de negociações entre o país e a União Europeia. As edições de hoje de jornais britânicos trouxeram diversas críticas a May. Desde que assumiu o cargo de primeira-ministra, em 2016, May tem se dividido entre dois fortes grupos de seu partido: os que querem uma saída clara, ainda que implique em barreiras comerciais com a Europa, e os que preferem manter a economia britânica alinhada à das 28 nações do bloco europeu.

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O Sunday Times publicou reportagem dizendo que parlamentares a favor do Brexit estão preparados para derrubar a primeira-ministra caso ela tente se comprometer a manter o Reino Unido no grupo isento de tarifas alfandegárias da União Europeia. Eles acusam o chefe do Tesouro britânico, Philip Hammond, favorável a um Brexit “suave”, de tentar impedir o Reino Unido de sair do bloco europeu.

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O parlamentar conservador Bernard Jenkin, que apoia o Brexit, escreveu ao Sunday Telegraph instando May a se impor sobre Hammond, afirmando que a maioria do povo britânico “deseja um Brexit transparente e um fim para a atual insegurança”.

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O negociador em nome da União Europeia Michel Barnier deve se encontrar com o secretário britânico para o Brexit, David Davis, em Londres nesta segunda-feira (5), antes de uma nova rodada de negociações na semana. Ambos os lados têm alguns meses para discutir suas relações futuras antes de o Reino Unido deixar oficialmente o bloco europeu, em março de 20189.

Aliados de May a defenderam neste domingo, mas não deixaram claro o tipo de relacionamento que o governo britânico pretende ter com a União Europeia. A secretária Amber Rudd disse que o governo está aberto “tanto a um arranjo aduaneiro como a uma parceria aduaneira”, como parte do acordo para chegar a relações comerciais “sem fricções”. Ela insistiu que o comitê do gabinete de May que decidirá sobre Brexit é mais unido do que muitos acreditam. “Acredito que vamos chegar a algo que sirva a todos”, disse Rudd à BBC. “Haverá decisões a serem tomadas, mas todos queremos a mesma coisa, alcançar um acordo que funcione para o Reino Unido.” Fonte: Associated Press.