Teste para retirada de óleo dá certo, mas é interrompido

A British Petroleum (BP) conseguiu nesta manhã retirar com um sifão parte o óleo que vaza de um poço no Golfo do México e despejar o material numa embarcação na superfície.

O petróleo bruto foi estocado num navio de perfuração. O gás natural, que acompanha o fluxo de óleo, foi queimado com o uso de um sistema a bordo da embarcação.

O teste foi interrompido temporariamente quando o tubo que fora inserido no vazamento se soltou, segundo um comunicado.

“Os técnicos inspecionaram todo o sistema e reinseriram a ferramenta”, diz o comunicado.

Nas últimas três semanas, petróleo bruto tem vazado de um poço danificado no Golfo do México, localizado a quase uma milha (1.600 metros) de profundidade, ameaçando se tornar uma catástrofe ambiental ao longo da costa do Golfo. O vazamento começou quando a plataforma Deepwater Horizon, que estava perfurando o poço para a BP, explodiu e afundou, matando 11 funcionários.

Esforços anteriores de conter o vazamento fracassaram. A BP fez sua primeira tentativa de inserir um tubo no último sábado, mas ela falhou após a colisão entre dois robôs submarinos. Antes disso, uma caixa de metal e concreto foi colocada no fundo do mar para conter o vazamento, mas foi obstruída por cristais de gás e hidratos.

Mesmo no melhor cenário, o tubo para a retirada não vai capturar todo o óleo que vaza. O cano conectado com o tubo está cheio de nitrogênio, que vai gradualmente ser empurrado, permitindo que o óleo e o gás flua por seu interior. Mas o processo precisa ser feito vagarosamente para evitar que a água do mar entre no sistema. A água do mar pode formas hidratos que podem bloquear o cano e interromper o fluxo de óleo até a superfície.

A BP também recebeu permissão das autoridades federais para retomar a pulverização de dispersantes químicos no local de vazamento, sob a água, um método que afirma ser eficiente em reduzir a mancha de óleo. As informações são da Dow Jones.