A cúpula do G8 no balneário de Heiligendamn, Alemanha, começa com a ameaça de ser tomada pelas tensões entre EUA e Rússia enquanto protestos obrigaram a polícia a usar a força para conter cerca de seis mil manifestantes. A tensão entre as duas potências envolve principalmente um sistema antimíssil que os EUA pretendem instalar na Polônia e na República Checa, com propósito declarado de conter ameaças de países párias, como o Irã e Coréia do Norte. Mas o Kremlin alega que o verdadeiro alvo é a Rússia, reacendendo uma disputa que permanecia congelada desde o fim da Guerra Fria.

continua após a publicidade

Como anfitriã da cúpula do G-8, que reúne a Rússia e os sete países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália e Japão), a chanceler alemã, Angela Merkel, estabeleceu como prioridade na agenda as discussões o aquecimento global. O Brasil, que participa ao lado de outros países em desenvolvimento convidados do último dia da cúpula, na sexta-feira, pretendia aproveitar a ênfase na questão ambiental para mais uma vez destacar a tecnologia brasileira de biocombustíveis.

A polícia alemã começou a usar canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 6.000 manifestantes antiglobalização que conseguiram chegar a pé até a cerca de segurança de dez quilômetros montada em torno do balneário de Heiligendamm poucas horas antes do começo da cúpula. Os manifestantes bloquearam também uma das duas únicas estradas de acesso a Heiligendamm e a ferrovia que liga o balneário à localidade de Kühlungsborn, onde fica o centro internacional de imprensa.

continua após a publicidade