Teerã: morte de cientista foi advertência do Ocidente

O chefe do programa nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi, disse hoje que o assassinato de um graduado cientista nuclear foi uma advertência do Ocidente, antes de conversas sobre o programa nuclear do país. Segundo ele, a intenção era mostrar a “política da cenoura e do porrete” antes do diálogo sobre o tema.

A declaração de Salehi foi divulgada pelo site da TV estatal. Ele falou no funeral de Majid Shahriari, o cientista que foi morto por um ataque à bomba, cujo autor não foi identificado, na segunda-feira, em Teerã. Salehi não especificou qual país seria responsável pelo crime, mas outros funcionários citaram Israel e EUA.

Ontem, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou os membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) – EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França – pela morte de Shahriari. Além disso, foi ferido no mesmo dia outro cientista nuclear do país, Fereydoon Abbasi Davani. O CS da ONU colocou iranianos envolvidos com o programa nuclear em uma lista negra, com restrições a viagens, por exemplo. “Que Alá seja minha testemunha: se isso acontecer de novo, nós vamos processar cada membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou Ahmadinejad.

Os cinco membros permanentes do CS, mais a Alemanha, realizam nos dias 6 e 7 conversas com o negociador iraniano, Saeed Jalili, em Genebra. O lado das potências estará liderado pela chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton. As potências lideradas pelos EUA temem que o Irã busque secretamente armas nucleares. Teerã, porém, garante ter apenas fins pacíficos. As informações são da Dow Jones.

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